RESENHA: ESCOLA DOS MORTOS, KARINE VIDAL

Título: Escola dos Mortos
Autor: Karine Vidal
Páginas: 590
Editora: Skull
Gênero: Jovem adulto, Literatura Brasileira, Romance, Suspense e Mistério

Nota: 5/5 +❤
Sinopse:  Lara Valente irá morrer. Mas sua história não termina por aqui. Pelo contrário: é aí que ela começa. A jovem carioca será enviada para um misterioso internato na Inglaterra. Mas o lugar esconde um segredo. Lara se deparará com vozes de gente morta em gravadores, assassinatos misteriosos no colégio, meninas mortas que ainda moram nos quartos, e um despertar assustador num caixão. Tudo isso vai leva-la a descobrir que, por trás da fachada da Escola dos Sotrom, existe uma Escola muito mais perigosa, cheia de segredos, pactos e mortes. Nessa Escola repleta de ocultismo, Lara será assassinada. Mas sua história ainda não terminou. Ela acordará em um mundo paralelo, um universo glamouroso onde vive a nata dos melhores, escolhidos à dedo pela Morte. A Escola dos Mortos abriga os que foram assassinados e enviados para lá. Uma sociedade escondida em que existem apenas os melhores, coexistindo em segredo com a escola dos vivos. Adolescentes mimadas, carros luxuosos, segredos escandalosos, campeonatos, corridas e caçadas. Lara irá se apaixonar por um homem perigoso. Luka Ivanovick, com seus olhos negros, hostis e arrogantes – repletos de ocultismo e falta de respostas. Através dele, Lara descobrirá a cruel história por trás de sua morte. Paixão, mistério e um jogo de sedução escuro e apimentado irão acontecer entre o mundo real e o misterioso mundo noturno da Escola – até Lara descobrir que, dentro dos caixões, os mortos daquele lugar nunca dormem.




Já começo a resenha me adiantando que pode não fazer jus a Escola dos Mortos. Quando o livro foi publicado, todos começaram a falar sobre como era maravilhosa à história, como era a melhor fantasia nacional, como o livro estava entre os melhores de 2017. Confesso que quando um livro é tão comentado eu tenho uma necessidade de saber por conta própria e tirar minhas próprias conclusões, mas também fico bem receosa, afinal, se eu acabar odiando um livro que todos amam, acabo pensando que o problema só pode ser comigo. Porém, no caso de Escola dos Mortos todas as opiniões se comprovaram incrivelmente verídicas.

“Acreditem, a vida não é feita de milhares de corações batendo. A vida é mais do que isso. A vida é o imaterial, é criar laços. Se há ligações de amor genuínas aqui, entre nós, então estamos vivos.”

            O livro vai trazer a história de Lara Valente, carioca de 18 anos, completamente apaixonada pelo sol, pelo Brasil e mais especificamente pelo seu amado Rio de Janeiro, uma cidade onde se é possível enxergar vários submundos completamente diferentes coexistindo em um mesmo lugar. Lara mora em um bairro da lapa com sua mãe Helena, a artista completamente perdida no seu próprio universo, e com sua irmã Ana, a garotinha de 11 anos e com alma de 40, também conhecida como a responsável da casa. Até que um belo dia, Sr. John Fitelbergo aparece procurando por Lara, para lhe informar sobre a morte de seu avô paterno e que o mesmo deixará uma fortuna como herança, dinheiro esse que só poderia ser recebido se Lara passasse um ano no Internato dos Sotrom, onde gerações da sua família haviam estudado.

            Assim nossa calorosa Lara se encontra nas terras geladas de Londres, em uma escola um tanto quanto misteriosa, em castelo antigo, tenebroso e obscuro onde todos os alunos e funcionários estavam constantemente apavorados, onde todos buscavam o mínimo possível se destacar, onde os corredores havia mais mistérios do que se podia contar. Escola essa onde Lara morreu, mas se você pensa que essa história está acabando, aí que vocês se encontram tremendamente enganados.

‘Tentei me revoltar porque estava morta, mas eu não via melhor lugar para passar a eternidade do que aqui, nessa estranha escola dos mortos’

            Ao contrário da Sotrom a Escola dos Mortos abrigava os estudantes mais bonitos, os mais inteligentes, os melhores, aquelas que foram selecionados a dedo pela própria morte. Até o clima ali era diferente, ao contrario de pessoas frias e antipáticas ela encontrou pessoas que a acolheram de braços abertos. Logo no segundo dia, Lara com seu chame latino já estava junto com os populares flertando com Santhiago e Miguel e conquistando Mayumi, sua colega de quarto, assim como todos no grupinho dos ‘descolados’. Mas, inconscientemente seus olhares ainda eram atraídos para mesa dos Ivanovick, mas especificamente para Luka Ivanovick.

‘Ou eu estava me apaixonando por esse cara, ou estava sofrendo um infarto do miocárdio. Eu sinceramente prefiro o infarto.’

            A família Ivanovick era simplesmente inatingível, não conversavam com ninguém, frequentavam as aulas que queriam, eram os primeiros a chegar e os primeiros a sair sem nem mesmo se dignar a olhar para ninguém. Até agora.

‘A paixão é uma linha tênue entre o total êxtase e o completo desespero.’

            Vamos conversar um pouquinho sobre os personagens? Achei incrível toda essa mistura de etnia que a Karina criou, os personagens são extremamente cativantes e bem construídos. É impossível não se apaixonar pela leal Mayumi, ou pela loucura da Catarina, Aisha e sua imensa bondade, Laila sempre fiel a ela mesma, Ian, Santhiago, Miguel, cada personagem com um carisma diferente, que você literalmente se apaixona por eles. Deixo aqui meu amor especial por um dos meus personagens favoritos, Nikolai, que mesmo sendo um brutamontes me deixou completamente cativada.

‘- E como vamos enviar? Não da para ser por e-mail – Observou Catarina
- Pombos coreios – Aisha revirou os olhos. – É só você cantar na janela que eles chegam voando.
- Sério?’
            Eu poderia ficar aqui o dia todo falando o como eu amei esse livro, que cá entre nós já está na lista dos melhores de 2018 e olha que estamos em janeiro, mas nem todo meu vocabulário seria suficiente para mostrar o quanto amei esse livro, todas as minhas palavras seriam insuficientes para conseguir passar para vocês as lagrimas, os sorrisos e a todas as emoções que me causou, então acho que o melhor que eu posso fazer é dizer ‘LEIAM, LEIAM, LEIAM’. Não é atoa que esse livro foi considerado o melhor do ano em 2017, agora eu me pergunto por que não li ele antes?? Eu mal posso esperar para ler a continuação, meu coração não aguenta mais ficar longe, afinal uma vez na Sotrom sempre na Sotrom. E para vocês que assim como eu, ao chegar ao final desse livro necessitar de mais, temos ‘Um conto de Luka Ivanovick’, que se for continuar tão bom quanto Escola dos Mortos, irá estar nos meus favoritos com certeza absoluta.

'Tive que morrer para aprender a amar, aprender a ser humilde e aprender a perdoar. Eu precisei morrer para encontrar meu lugar no mundo. E que me perdoem aqueles que estão vivos, mas aqui, nesse mundo dos mortos, eu conseguia encontrar vida em cada esquina. Isso a Morte não conseguiu nos roubar - éramos humanos.'




Hoje teremos uma entrevista com a autora Karine Vidal, na qual ela vai nos contar um pouquinho sobre ela, sobre o que podemos esperar para o segundo livro da duologia e ainda deixou um conselho para jovens autores que estão iniciando agora.

            CS: Olá Karine, tudo bom? Para começar, conta um pouquinho para gente sobre quem é Karine Vidal?

            Karine Vidal: Sou Mineira, natural de Juiz de Fora, escrevo há oito anos. Sou advogada e tenho 23 anos. Amo ler e escrever sobre romance e fantasias.

            CS: Quando você começou a escrever? Tem alguma mania ou ritual na hora de escrever?

Karine Vidal: Comecei a escrever aos 15 anos. Escrevi dois livros antes de Escola dos Mortos, os quais não pretendem publicar. Não tenho ritual na hora de escrever, escrevo por prazer e só quando dá vontade.  

            CS: Eu amo livros, todos os tipos e de todos os gêneros, livros sempre estiveram na minha vida. E você? Também gosta de ler? Quem te iniciou no mundo da leitura?

Karine Vidal: Eu amo ler, e leio desde os meus 13 anos de idade. Li um livro designado pela escola, me apaixonei e não parei mais. Meus gêneros favoritos são romance, hot e fantasia.  

            CS: Você poderia contar como surgiu a ideia de escrever Escola dos Mortos? Teve alguma grande inspiração?
Karine Vidal: Eu sonhei com um garoto de olhos negros, sensual e perigoso. Ele me impressionou e me incomodou querendo ser descoberto. O elemento sombrio é a característica da minha escrita, por isso a criação do ‘mundo dos mortos’.

            CS: Sobre os personagens, eu amei cada um deles, porém sempre temos aquele que é nosso queridinho! Com você também é assim? Tem algum personagem favorito em escola dos Mortos?

Karine Vidal: Meu personagem favorito é o Luka Ivanovick. Ele me encanta. Esse livro foi por ele e para ele. No entanto, eu também adoro a Mayumi e o Nikolai.

            CS: Você pode contar para gente um pouquinho sobre o segundo livro? O que os fãs de Escola dos Mortos podem esperar?

Karine Vidal: O segundo e ultimo livro será decisório. Lara vai sofrer muito, mas também vai crescer. Iremos conhecer mais aprofundadamente o mundo dos mortos fora dos portões da escola da Noite. A morte irá protagonizar. O amor de Luka e Lara será posto a prova, e a carioca terá que ter muita coragem. Conheceremos, também, um personagem marcante e sombrio. Será intenso. O nome é ‘Príncipe das sombras’.

            CS: Por último, você teria algum conselho para dar aqueles que estão começando agora no mundo da escrita?
           
            Karine Vidal: Sim. Invistam e acreditem em vocês. Dediquem tempo ao sonho de vocês, não esperem cair em suas mãos. As grandes editoras não nos procuram, portanto, façam-se ser vistos. Nos mais, escrevam com o coração – e não tem como dar errado. 

E isso gente! Foi uma honra conhecer mais sobre a Karine e todo mundo da Escola dos mortos, como disse antes volto a repetir, estou muito ansiosa para o próximo livro!
Beijoos 😉

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