RESENHA: TODOS OS NOSSOS ONTENS, CRISTINA TERRILL


Título: Todos os Nossos Ontens
Autora: Cristin Terril
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 352
Gênero: Distopia
Nota: 5 +

Sinopse: O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo? Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse? Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem? Em um futuro não tão distante, a vida como conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo...
       


    
        Todos os nossos ontens é uma distopia futurística com viagens no tempo e tudo mais, o livro começa com dois jovens presos em celas individuais, eles não podem se ver ou se tocar, porém, conseguem se comunicar através da saída de ar. Em e Finn são prisioneiros do governo há algum tempo, eles veem sendo torturados pelo doutor e pelo diretor, afim de que revelem um segredo que está sendo guardado há muito tempo. 


"Mesmo quando eu gostaria de desistir e aceitar minha morte de uma vez, saber que também tenho a vida de Finn nas mãos me faz ficar em silêncio. Não importa o que eles façam. E eles fazem o pior que podem."

        Tudo começa a mudar quando Em consegue abrir um ralo, que está deixando ela louca desde que colocaram ela nesta cela. Neste ralo Em encontra uma carta escrita com sua própria caligrafia e a última frase contida na carta me fez devorar o livro em menos de dois dias. ''Você tem de matá-lo''

 A partir daí fica impossível largar o livro. Além de Em, o livro também é narrado pela Marina, uma jovem de 15 anos, que é apaixonada pelo seu vizinho James desde sempre. Ao alternar no ponto de vista entre as duas, passamos a entender tudo que acontece no intimo das meninas, passamos a viver na mente delas. Somos também apresentados a personagens secundários que são tão incríveis quanto as protagonistas, Luz, Nate, James, Finn, cada um sendo tão bem construído quanto as protagonistas. 

"- O futuro é mesmo tão ruim?
- Pior."
        Não é explicito o motivo de Em e Marina serem as protagonistas, porém os mais atentos conseguem descobrir logo de cara. Todos os nossos ontens é um livro incrível, muito bem construído, tanta coisa acontece logo nas primeiras 50 páginas que se torna impossível largar. É um livro único, sem pontas soltas e com um final incrível, Cristina Terril soube exatamente como escrever uma distopia de tirar o fôlego e ao mesmo tempo de uma maneira tão simples que te deixa com um gostinho de quero mais. 

''- Só não me deixe combinado, menina? Por favor, nunca me deixe.
- Nunca. Você não vai se livrar de mim, Shaw.
- Vou cobrar essa promessa, Marchetti.''











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